quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Companhia



Não, não tem que ser perfeito!
Não tem que ser igual, muito menos nos "padrões"!
Não admito comparações, limitações, imitações...

Pode ser simples, repentino, avassalador...
Como preferir, como quiser, como chegar, como acontecer...
 
Tem apenas que me fazer sorrir, sonhar e tirar os pés do chão.
Me levar pela mão...
Ser verdadeiro... ser diferente.
Ser com você!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Novas Cores


A vida é mesmo uma “caixinha de surpresas”.

Quando a gente acha que já viu de tudo, que conhece o mundo, que já sentiu demais...

Vem a vida... E nos mostra novas cores...

Vem o mundo...E se reinventa...

Vem o coração... E bate acelerado outra vez...

Vou abrindo essa caixinha e vivendo minhas surpresas...uma de cada vez...

Deixa fluir, deixa acontecer, no nosso ritmo, sem pressa...

 Aquilo que tiver que ser: SERÁ!

Pode acreditar!

sexta-feira, 16 de março de 2012

[...]

As pessoas andam dizendo que tenho estado ausente, distante, inconstante.
Há tanto modo de ser, de ver, de mim, em mim... que os outros desconhecem...
Que nem mesmo eu conheço...ou por vezes desejo conhecer!

Ando por aqui, por ali, acolá...
Conjugando meus verbos imperfeitos, repensando meus tantos defeitos.
Caminhando pelas mesmas ruas, fazendo releituras.

Uns ... diriam: reflexão.
Outros... Saudade.
Alguns tantos... tristeza!

Eu...
No auge desse meu hiato existencial
Diria apenas:
Por hoje... me preencho, me completo e me basto!
Amanhã...
Ah, amanhã é outro dia!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Sobre mulheres, sutiãs e seus dias

Já fazia certo tempo que não sentia vontade de escrever algo, na realidade, sentia vontade, mas não NECESSIDADE, como se apresentou agora!Passando e repassando por algumas redes sociais durante a manhã, vi inúmeras homenagens às mulheres: fotos, músicas, poemas, montagens, piadas... Muita coisa linda e engraçada que ao fim me permitiu sentir uma enorme honra por ser mulher!
Fiquei bem feliz, mas nem sempre foi assim!

Me lembro muito bem de quando era criança... Era tudo tão perfeito!
Andava de calcinha pelo quintal, subia em árvores, brincava de pique, jogava(ou tentava jogar) bola, dormia amontoada com meus primos. Coisas tão simples, mas que conferiram à minha infância um ar especial.

Ao me aproximar da adolescência, por volta dos 8 ou 9 anos, passei pela primeira frustração por ter nascido menina. Meus pais me apresentaram algo que mudaria a minha vida, que limitaria minha liberdade e me obrigaria a modificar a postura. Um vilão, por certo, chamado: sutiã!

Que desespero foi aquela tarde de Janeiro... Minha mãe corria de um lado com a pequena peça na mão, enquanto meu pai tentava me cercar pelo outro lado, e eu... corria chorando de uma lado para o outro a gritar:

– Não, eu não quero! Não adianta! Não vou usar isso!

Pensando bem...Acho que foi a última vez que brinquei de pique com meus pais!
Após  o desespero, até simpatizei com a ideia!
Minhas amigas achavam o máximo o fato de ter um amiga que já usava sutiã.


Passada a frustração inicial, muitas outras vieram: o fim da era “andar pelada pela casa”, a primeira visita ao ginecologista, a primeira menstruação, a primeira cólica (ah, essa a gente nunca esquece!), as outras cólicas que me acompanharam a  cada mês... dores infernais, verdadeiras simulações de parto normal.

Até que cheguei, de fato, à simulação de “parto normal”. E a melhor parte, 8 horas sofrendo em um hospital para trazer uma criança ao mundo através de uma custosa cirurgia cesariana.


Poderia citar tantas outras situações que me fizeram por inúmeras vezes proferir a frase:

–Nessas horas eu queria ser homem!

Queria nada!! Era só charme momentâneo, coisa tipicamente feminina.


Imagine não poder chorar em público sem correr o risco de ser chamado de “mariquinha”... ou gritar, espernear, brigar com Deus e o mundo sem poder dizer que a culpada é a TPM (é claro que a culpada é ela!)... e tantas outras coisas que tornam as mulheres seres: complexos, detestáveis, frágeis, irritantes... E ao mesmo tempo tão: simples, amáveis, fortes e exageradamente adoráveis!



É, pensando bem...
Merecemos homenagem internacional por um dia dito “da mulher”. Apesar de por vezes tal comemoração me soar como “agradecimento por serviços prestados à população”. Enfim... O que vale neste dia não é apenas a menção da figura feminina como importante num “08 de Março”, mas a ferrenha lembrança de que o papel da mulher é fundamental todos os dias, pois sempre que se faz necessário, esta utópica figura desempenha funções essenciais.



E aproveitando a oportunidade:
Gostaria de pedir perdão a Deus por todas as vezes em que desejei ser menino!

Ser mulher é poder usar e abusar dos sentidos... sendo ao mesmo tempo: mãe, esposa, pai, filha, namorada, arrimo de família... mas sem nunca perder o sorriso de menina!!


Feliz Dia Internacional da Mulher!!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Outono

Com seu vento,
Levou meus galhos, flores e frutos...
Deixando somente a tal raiz
Que teima em permanecer.


sábado, 1 de outubro de 2011

Outubreira

Chegamos ao meu mês favorito: OUTUBRO!!
Tenho tantos motivos para sorrir, para festejar, para agradecer!!
Desde as coisas mais simples...até as mais significativas!!
Mês dos professores, paixão minha desde a infância, profissão que não tenho exercido tão plenamente como sempre sonhei. Mas que não me priva do orgulho de declarar: "Sou professora!"

Mês das crianças, da criança que há em mim. Da menina Mansú, que luto para manter viva a cada dia, diante de cada prova que a vida me impõe. Da criança que apronta, que dança na barca, na rua, no elevador. Da menina tagarela e perfeccionista, que cai, corre, se machuca e levanta para fazer tudo outra vez.
Mês das bruxas, dedicado à minha amiga "Keka", naqueles nossos momentos "meninas malvadas". E quem nunca teve um?!
Mês dos poetas, compositores, da leitura, do livro; de tanta coisa linda e boa!!

Outubro de tanta gente que amo, de: "Elaines, Renans, Leilas, Isaques, Déboras, Lekas, Regianes, Queilas, Felipes, Hebers, Beths, Ronalds, Anitas, Aninhas, Dudinhas..." E muitos outros!!
Mês do blog, dessa ideia repentina e latente de "sonhar no coletivo". Neste mês já completa um ano. Parabéns pro "Exercício de ser"!!
...
Outubro da Mansú, que no dia dito "dos loucos", no seu 22, veio ao mundo pra "enlouquecer" a vida da Dona Bebel!!
Não deposito minha fé ou esperança neste período do ano, apenas espero poder continuar comemorando, sorrindo, me alegrando e agradecendo por tudo isso...durante muitos e muitos anos!!
E vamos OUTUBRAR!!!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

"Cor-de-lua-NOVA"

Ontem, pela manhã, enquanto penteava meus cabelos ainda úmidos...deparei-me com meu primeiro fio de cabelo branco!!
Fitei-o, admirei-o por alguns minutos... e dei uma risada!
Fiquei como criancinha, mostrando a todos que passavam por mim o lindo presente que a vida acabara de me dar.
Ouvi coisas do tipo: "tá ficando velha", "puxa isso aí", "corta", "pinta", "se mata!"...
Masss... Haveria motivo pra tudo isso???!!!
Achei-o tão lindooooooooooooooooooooooo!!!
Não tenho vergonha da minha história, do conhecimento e da experiência que já adquiri!
E é exatamente tudo isso que esse simples fiapinho 
"cor-de-lua-nova" representa!
E se um dia...achar realmente necessário... 
Mas...Muitoooo necessário...
Talvez mude a cor do cabelo!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

promESSA

Um sorriso que me daria "bom dia" todas as manhãs.
Um abraço que me envolveria sempre que precisasse.
A garantia de presença, amor, cumplicidade...
E a promessa  feita inúmeras vezes "nunca me deixar só".

Pra onde caminhou todo o dito?!
Não sei dizer!
Só tenho aqui comigo o "só" do que sobrou.
O somente do que pensei ser.

Já não prometo nada, mas também não aceito promessas!
Há quem goste delas: santos, doutores, loucos...
Eu não!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

"A Estrada"

Era um domingo de sol, mas estava frio em seu interior.
Saiu sem rumo guiada por qualquer motivo intrínseco.
Sentou-se na areia, sentiu o vento a despentear seus  cabelos bruta e veementemente; ao mesmo tempo em que lhe tocava o rosto acariciando os lábios, a face... como se fossem beijos.
Fechou os olhos e suspirou. O lugar era o mesmo de outrora, a paisagem que se misturava em sua mente era mais colorida do que qualquer aquarela imaginável.
Quase tudo estava no lugar, pessoas correndo no calçadão, crianças brincando na areia... O mesmo banco, a mesma árvore que encobrira - o que já puderam chamar de tanto- amor.
Estava sozinha dessa vez, a realidade era bem diferente da lembrança.
O lugar que um dia havia sido “deles”, agora, era somente o “seu”.
E o vento que acariciava sua pele revelou nova faceta.
Cada vez mais forte lhe maltratava a face, numa sensação insuportável de dor e solidão.
Novamente fechou os olhos, e foi remetida àquela mesma música.
A canção que vinha confortar sua alma: “Quando bate a saudade...eu vou pro mar. Fecho os meus olhos e sinto você chegar...”
Num impulso, se levantou, correu em direção ao mar... e enquanto seus pés descalços tocavam a areia e banhavam-se naquela água... sorriu, dançou aquela mesma música.
Como se não existisse mais nada além dela e a imensidão do mar.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Sobre Cerejas e Pessoas

*Mais um fruto de uma conversa com a minha querida amiga JULIANA RAMOS.

Há quem acredite em predestinação, intuição, perfeição...
Os seres humanos em sua maioria andam por aí procurando: “ metade de laranja”, “ tampa de panela”, “ alma gêmea”, “sapato velho pro pé torto”... uma imensidão de nomes poderiam ser dados, apelidos, explicações... E quem engata nessa de entrar nos “padrões” pode sair seriamente machucado.
Num exemplo prático poderíamos pensar num SUNDAE.
Imagine uma sobremesa maravilhosa, deliciosa... Sorvete, calda, cereja...
Uma verdadeira obra de arte gastronômica!
Mas... e se... A cereja do topo cair no chão?
Alguns diriam que o sorvete sozinho não tem graça.
Outros acreditam que a cereja é mero detalhe.
Os menos observadores nem mesmo notariam sua ausência.
A cereja não tem necessariamente que ser o mais importante no sundae. Existem tantas outras coisas legais: cobertura, castanha, granulado...
Tantos outros motivos pra sorrir: amizade, companheirismo, recordações...
A cereja só está ali pra enfeitar, somar, contribuir, colorir. Não podemos viver em função dela.
E ainda tem o grupo das pessoas que não gostam de cereja, que preferem o sorvete, às vezes até mesmo sem calda. E são muito felizes assim!
Um dia a gente percebe, sente e entende que não precisa de ninguém pra completar a própria existência. Cada ser humano é completo em si mesmo. Só tem que parar de procurar nos outros aquilo que há de sobra dentro de si: A felicidade!